POETA ANTONIO COSTTA - PREPARANDO NOVO LIVRO DE CRÔNICAS E POESIAS SOBRE PILAR/PB


QUE SAUDADE!


Cheguei à maturidade

Mas agora que saudade

Da minha infância querida!

Dos verdes anos da vida

Que passaram de repente;

Onde mais vivi contente

Com minh’alma destemida!


Cheguei à maturidade

Mas agora que saudade

Eu sinto da minha infância!

D’esperar com tanta ânsia

Pelo dia do amanhã;

De sentir tanta esperança,

Tanta paz e tanto afã!


Cheguei à maturidade

Mas agora que saudade

Do meu tempo de criança!

De viver só na bonança,

Chupando manga, caju,

Laranja, jaca, goiaba,

Cana d’açúcar, mangaba,

Cajá, pitomba, umbu!


Cheguei à maturidade

Mas agora que saudade

Sinto da infância minha!...

De brincar de amarelinha,

D’atirar pedra em rolinha,

De jogar bola de meia

Naquela Chã de Areia,

De manhã... de tardezinha...


Cheguei à maturidade

Mas agora que saudade

Sinto da minh’escolinha!...

De cobrir toda letrinha

No caderno do A-B-C;

Soletrar bem a história

Com medo da palmatória

De Dona Antônia Tonê!


Quando eu era pequeno,

De homem, só um aceno,

Eu queria logo crescer.

Mas agora - veja você -

Chegando à maturidade

O que sinto é só saudade...

Menino quem dera ser!


ANTONIO COSTTA




GENTILEZA DE POETA


Conversa entre poetas acaba em poesia. Aí vão três estrofes que recebi do poeta Fábio Mozart.


Dormi, sonhei que voava

Pelas terras do Pilar

Almejando encontrar

A Musa que tanto amava

Sem saber que ela estava

Servindo a Antonio Costta,

Aos bons ela se acosta

Em uma ação prazenteira,

Fica assim a vida inteira

Nos braços de quem mais gosta.


Canta o poeta em cantigas

As queixas sentimentais

Com as notas musicais

Para pessoas amigas,

Sem se meter em intrigas

Servindo só ao seu Deus

Vai assim ele com os seus

Rasgando revelações

No seu mundo de visões

Entre cristãos e ateus.


Na sua Pilar querida,

Tão pacata e tão pequena,

Calma, tranquila e serena,

Quer melhorar mais a vida

Que se encontra amortecida.

Sem egoísmo e ganância,

Entretido na fragrância

Das flores do humanismo,

Confiante no civismo

E na sua fé destemida.


FÁBIO MOZART