UM JUNTADOR DE PALAVRAS
Os loucos vão pela rua
Procurando uma razão;
Os músicos ferem as cordas
Procurando uma canção.
Os rios procuram o mar,
As abelhas procuram as flores;
Os dias procuram as noites;
Nas noites, procuram-se amores!...
E eu procuro no tempo
Algumas belas palavras;
Pérolas vagando ao vento,
De ouro -partículas, lavras.
Sou um caçador de emoções,
Sou um juntador de palavras;
Componho poemas, canções,
E dos pássaros -as suas asas!...
Sou menino e sou adulto,
Sou sério e sou brincalhão;
Canto com um olhar astuto
O que manda meu coração.
Se sofro... –de quem é a dor?
Quem melhor pode senti-la?
A dor é minha -e meu é o amor-
E pouquíssimos querem ouvi-la.
Por isso contenho-me apenas
Em juntar algumas palavras;
Que formarão simples poemas,
E retornarão ao vento, às vagas!...
Tornei-me um caçador de penas
Ou de belíssimas aves raras?
Não importa, tornei-me apenas
Um "juntador de palavras"!...
Antonio Costta
Os loucos vão pela rua
Procurando uma razão;
Os músicos ferem as cordas
Procurando uma canção.
Os rios procuram o mar,
As abelhas procuram as flores;
Os dias procuram as noites;
Nas noites, procuram-se amores!...
E eu procuro no tempo
Algumas belas palavras;
Pérolas vagando ao vento,
De ouro -partículas, lavras.
Sou um caçador de emoções,
Sou um juntador de palavras;
Componho poemas, canções,
E dos pássaros -as suas asas!...
Sou menino e sou adulto,
Sou sério e sou brincalhão;
Canto com um olhar astuto
O que manda meu coração.
Se sofro... –de quem é a dor?
Quem melhor pode senti-la?
A dor é minha -e meu é o amor-
E pouquíssimos querem ouvi-la.
Por isso contenho-me apenas
Em juntar algumas palavras;
Que formarão simples poemas,
E retornarão ao vento, às vagas!...
Tornei-me um caçador de penas
Ou de belíssimas aves raras?
Não importa, tornei-me apenas
Um "juntador de palavras"!...
Antonio Costta
(Poema de meu 1º livro
UM JUNTADOR DE PALAVRAS,
publicado em 2004)