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POETA MENOR
Sou poeta menor, mas sou poeta,
Cantador das coisas do meu sertão;
Se meu verso ele não atinge a meta
Mas é escrito com amor, com emoção!
Sou poeta menor, mas sou poeta,
Não importa a formada opinião;
Se minha poesia não é concreta...
Só não diga que é feita de ilusão.
Sou poeta menor, mas sou poeta,
Que prega o Evangelho da redenção;
Pois somente Jesus é quem completa
Toda alma carente de salvação!...
Sou poeta menor, mas sou poeta,
Embora alguns digam que não sou não;
Que jamais escreverei feito um esteta...
Que os versos que faço é tudo em vão.
Que importa se a rima não é correta,
Se o verso é simples, sem erudição?...
Sou poeta menor, mas sou poeta,
Que escreve com a alma, o coração!
ANTONIO COSTTA
ANTONIO COSTTA
O naturalista e escritor francês Buffon disse, em um de seus escritos, que “Le style c’est l’homme”. Já Goethe escreveu: “Quereis ter um estilo claro? Fazei que a clareza ilumine vosso espírito; se o quereis elevado, procurai possuir nobreza de caráter!”. Grande Antonio Costta, uma honra (pra mim) é figurar na sua obra poética, que é límpida e altiva, inspirada em nobres e claras transcendências.
Esta dosagem epifânica na obra de um autor realmente baliza um diferencial especialíssimo e nos conduz naturalmente ao desvelo transcendental da beleza altiva e genuína. Timbra também a serenidade que move o olhar do homem e do poeta.
Antonio Costta, que assim seja! Que Jesus, esteja sempre presente nas sendas do nosso cotidiano. Pois somente Ele, aquele que assinou com Seu sacratíssimo sangue uma nova Aliança, é o perpétuo borbulhar de purificação e o infinito Espírito da beleza, da perfeição, da confiança, do amor, da paz... Vera-efígie de sabedoria, de doçura, de sobriedade, de discernimento e de libertação... Somente Ele é a Redenção do mundo! - ('Agnus Dei qui tolli peccata mundi'). Aquele que, com um inefável sopro de verdade e justiça, varrerá as impenitências humanas. "Aquele que É, que Era e que há de Vir!
Nobre poeta, obrigado por nos banhar de beleza, por espargir em nós o enlevo dessa chuva... que vem do alto... que vem do eterno... que chove fecundando o nosso espírito... que afaga a nossa sensibilidade com pingos abundantes de estesia... que é Poesia!
Abraços,
RUBENIO MARCELO
(Membro da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras)